domingo, 7 de junho de 2009

palavras que voltam, estrelas que permanecem.


Há algum tempo que não escrevia palavras de um conto de fadas, de uma princesa que vivia agarrada às palavras, que sentia com as palavras. O tempo guardou-as, deixou-as serem o que quisessem... Essas palavras passaram então ali junto daquela janela de que sempre falam e diziam para olhar para céu em qualquer momento de fraqueza, porque há sempre uma estrela que a guiará, que as estrelas nunca a abandonaram, mesmo nas noites mais sombrias, há sempre uma pequenina estrela que brilha, brilha só para ela. Tal como as palavras, as estrelas estão sempre ali, naquela janela, onde os sonhos se tornam realidade. Disseram-lhe também que tinha um brilho especial naquele olhar terno, que tinha uma expressão naquele sorriso que mostrava uma felicidade pura e inocente, que se notava como realmente estava a viver o sonho outrora sonhado naquela janela. O silêncio da noite que acompanhava as palavras era como uma música, como a banda sonora de um filme, em que as palavras do vento contavam a história. A história de uma princesa chamada Gui, lembram-se? Aquela que atravessou o céu das estrelas para encontrar a luz, o clarão que lhe ilumina a vida, que lhe mostra o príncipe que nunca a deixou, contrariando as palavras da história. Eles vivem agora no fundo do mar salgado, no sítio onde realmente querem estar, e o mais importante, estão juntos. São prisioneiros de um sentimento avassalador, são o ar um do outro, não vivem sem esse ar e precorrem as ondas da vida feita de sonhos, sonhados junto à janela dos sonhos.

1 comentário:

Rita disse...

E a cada segundo que passa, estás mais apaixonada :) extraordinário...

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